Um casal como outro qualquer. Ela é a Mariana, ele o Jorge. Têm 38 e 45 anos respectivamente. Conheceram-se numa agência imobiliária onde ambos trabalhavam.
Ele foi directo com ela desde o início, não procurava uma relação monogâmica.
Ela queria o mesmo. Iniciaram a relação sabendo que não iriam ser exclusivos um do outro a nível sexual. A nível sentimental são um casal normal, e com o tempo ganharam a exclusividade um do outro. A nível sexual, o swing foi o que chegou para ficar. E vivem felizes assim. Conheça as perspectivas do homem e da mulher nesta relação, e perceba como o swing mudou as suas vidas nesta conversa sem tabus.Jorge: Quando conheci a Mariana, tinha várias parceiras sexuais com quem me encontrava esporadicamente. Não deixei de as ter por iniciar a minha relação com a Mariana mas ao fim de alguns meses elas acabaram por seguir as suas vidas, arranjando parceiros fixos. Ficámos só os dois. Quando a rotina se instalou sugeri um clube de swing. Não era tabu para nenhum de nós, acostumados a ter mais do que um parceiro mas o facto de irmos juntos pareceu estranho.Já há largos meses que éramos só os dois. Quando lá chegámos foi confuso, uma mistura entre o excitante e o estranho. Não sabia bem o que fazer, se convidar outra mulher, se meter conversa com outro casal, até que reparei que a Mariana olhava excitada para um homem que lá estava, aparentemente sozinho. Fiquei com alguns ciúmes mas perguntei se ela queria convidá-lo a juntar-se a nós. Ela aceitou de imediato.Devo confessar que o que se passou a seguir vai além da minha compreensão. Se nos primeiros minutos fiquei com um ciúme louco de ver outro homem beijar e acariciar a minha mulher, nos momentos seguintes foi a explosão de excitação. Todo aquele cenário excitava-me e não queria que eles parassem. De início a Mariana estava inibida, possivelmente por não saber como eu iria reagir. Quando me viu a masturbar-se soltou-se e foi algo inesquecível. A partir daí repetimos a experiência. Às vezes estamos com outro casal mas embora façamos sexo com outras pessoas olhamo-nos nos olhos e é bastante íntimo. Sei que nem todos aceitam ou compreendem mas na verdade somos bastante felizes assim. O que começou por ser uma relação mais liberal, hoje é um casamento com mais intimidade que muitos casais.Mariana: Não me fez confusão nenhuma entrar no clube, antes pelo contrário. Acho que naquele espaço podemos ser nós próprios, agir conforme a nossa natureza e isso para mim é libertador. Já não me imagino numa relação a dois em termos de vida sexual e no entanto todos os nossos amigos acham o nosso casamento um exemplo. Ninguém desconfia do que fazemos claro, porque a sociedade ainda não está preparada para isso mas a felicidade é notória aos olhos de terceiros. Acho que quem julga devia pelo menos experimentar uma vez na vida o swing antes de falar do que não sabe. Faz-me mais confusão saber que há maridos que escondem tudo das mulheres, metendo-se com outras ou até traindo, do que aquilo que eu e o Jorge fazemos. Nunca mentimos um ao outro.