Os nomes são fictícios, a experiência é bem real. Josh e Mary de 27 e 25 anos respectivamente, conheceram-se através de um grupo de amigos comuns e começaram a namorar pouco tempo depois.
Josh já praticava swing há algum tempo e logo após uma semana de namoro, desafiou Mary para este mundo.
Mary ouviu tudo o que Josh tinha para lhe contar sobre a vida de um swinger. A experiências, os clubes, as amizades criadas e sobretudo a quantidade de fantasias que conseguiu realizar. Decidiu experimentar.“Somos os dois bissexuais. Não sei se o facto de estar constantemente a lutar contra as rígidas regras e tabus da sociedade ajudou, mas sinto que tenho uma visão muito mais liberal sobre estes assuntos do que os meus amigos e amigas. Gostei do que ouvi e decidir e decidi experimentar.”Mas Mary dá alguns conselhos sobre a preparação da primeira aventura. “Criem as vossas regras. Estabeleçam limites pois o ciúme é a pior coisa que pode acontecer no swing. Sejam honestos e nunca ultrapassem as barreiras propostas. Se o fizerem aí sim a relação poderá estar em risco”. Para começar, o casal aconselha que os interessados procurem informações na Internet, que sigam blogues e web-sites de encontros dedicados ao estilo de vida, redes sociais e grupos privados, ou que visitem um clube ou discoteca aberto à prática de swing. Uma vez lá, Josh acrescenta alguns pontos importantes durante a prática “Se alguma coisa vos incomodar, digam-no imediatamente. E se a pessoa insistir, parem o que estão a fazer. Há casais que acham que o “não “ faz parte da brincadeira ou roleplay mas tem de haver respeito. Não é não e não devem ceder a pressões.“É precisamente por isso que Mary acha necessário “conhecer” um pouco o casal com quem se vai praticar swing. “Conversem primeiro. Não precisam de muito tempo mas convém discutirem os vossos gostos, fantasias, esclarecer o que esperam da relação de swing. É importante contarem ao casal os vossos limites para que não haja o risco deles vos tentarem levar a “trair” as regras por vós impostas. É fundamental que eles saibam bem o que é e não é permitido, até para não se desiludirem também. Tem de ser tudo muito bem combinado. Há casais que simplesmente não são compatíveis. Se for o vosso caso, recusem educadamente e tentem encontrar alguém mais parecido convosco”.Mary reconhece que mantém a experiência no seio do casal. Garante que ninguém suspeita e que são um casal perfeitamente normal. “ As pessoas acham que os swinger são pessoas promiscuas, que se vestem de forma provocante. Tudo isso são estereótipos errados. Somos um casal normal, trabalhamos em profissões que nos ocupam física e psicologicamente as semanas. Eu sou assistente social e o Josh é consultor informático. Falamos das coisas mais banais com os amigos e falamos em ter filhos. Um dia queremos muito constituir família.Quando questionados se pensam deixar o swing nessa altura, Josh é assertivo“Não. Claro que os primeiros meses serão difíceis como para qualquer casal, mas tencionamos continuar a praticar swing embora seja algo que não vamos partilhar com eles. Só iremos desistir caso comece a afectar negativamente a nossa relação. Mas não vejo razões para que isso aconteça.